Nascida da experiência de um livreiro, no encontro com leitores num balcão de livraria, se iniciou a Realejo Edições. Uma editora que se nutre da livraria, e que por ser dirigida por um livreiro que continua atuando no balcão, experimenta novidades e as discute com leitores e escritores, no ambiente da livraria de rua.
Quando em 2006 publicamos o nosso primeiro livro já demonstramos um pouco do que queremos com a editora. Os causos do ex-jogador Pepe, do Santos e da seleção brasileira tem a identidade da Realejo. Ao mesmo tempo dialoga com a cidade em que vivemos e trabalhamos, além de dialogar com todo o país.
Este é um pouco do nosso plano, livros que tanto pensem o perto como o distante. No nosso catálogo temos títulos ligados ao futebol, na biografia, livros de arte e também na ficção, caso do reconhecido escritor mexicano Juan Pablo Villalobos e o seu breve romance publicado por nós, No estilo de Jalisco. Livros sobre a história do ex-jogador Coutinho, sem falar do maior de todos, Pelé, de quem publicamos três obras, Pelé 70, As joias do Rei, e Pelé, a importância do futebol, de autoria, este último, de Brian Winter.
SOBRE JOSÉ LUIZ TAHAN
“Há poucas profissões mais nobres que a de livreiro. Talvez os médicos, que amenizam nossas dores, os palhaços, que nos dão alegrias e os jornalistas, que nos informam sobre o mundo. Mas, pensando bem, o livreiro também faz um pouco dessas três coisas. (…) José Luiz Tahan é um livreiro”
José Roberto Torero, escritor e cineasta.
O santista José Luiz Tahan iniciou-se na profissão de livreiro quase que por acaso. Em busca do primeiro emprego, levou sua pasta de desenhos e preencheu fichas em lojas de departamentos, locadoras de filmes, lojas de fotografias e, finalmente, na Livraria Iporanga, da qual se tornaria não só funcionário, como sócio, anos depois.
Em paralelo, no início dos anos 2000, manteve uma livraria dentro de uma faculdade de Filosofia, com a porta aberta para a rua. A experiência deu origem à Realejo Livros, inaugurada em 2003, no bairro do Gonzaga: uma livraria de rua com bar-café, que rapidamente se tornou ponto de encontros, eventos e efervescência cultural.
Disposto a ampliar sua vocação como gerador de conteúdo, também criou, entre 2009 e 2010, a Realejo Editora e o festival internacional de literatura Tarrafa Literária, que permanecem até hoje.
Livreiro, editor e, agora, autor, Tahan segue atendendo leitores em seu balcão e reafirma: mais do que resistência ou resiliência, está ali porque faz o que gosta e por seguir acreditando nas livrarias de rua e no livro como negócio.
